Derly cogita aposentadoria após Mundial do Rio: ‘Seria boa despedida’

Lesões em sequência desde 2009 foram minando o ânimo de João Derly. A paixão pelo judô continuou inalterada, mas a forma de ver o esporte em sua vida mudou. Para evitar novas recaídas físicas, os treinos diminuíram, ao passo que o tempo investido no “Instituto Pódium”, projeto social que administra em Porto Alegre, aumentou. Naturalmente, os quilos a mais contra os quais lutou durante toda a vida, também vieram e aumentaram o desafio para voltar aos tatames. Mesmo ainda sem data para voltar a competir, o gaúcho pelo menos tem em mente uma data para se despedir com estilo: setembro de 2013.

Aos 30 anos e com três operações nos joelhos, Derly tem consciência de que os Jogos de 2016 estão distantes e, talvez, além de seu alcance. Bem antes disso, porém, ele terá a chance de lutar diante da torcida verde e a amarela em um evento de peso que lhe traz ótimas lembranças.- Falta muita coisa para passar até 2016. Não sei se teria condições emocionais e físicas para chegar lá. Um atleta tem que saber a hora de parar, e penso em várias ocasiões antes disso. 2013 é bem mais tranquilo e, por ser no Rio, dentro de casa e, por ter boas lembranças de 2007, pode ser uma boa oportunidade. Seria uma boa despedida.

As boas lembranças a que o judoca se refere são sinônimos de medalha de ouro e título inédito. Na última vez que a capital carioca recebeu o Mundial, Derly venceu na categoria até 66 quilos e tornou-se o primeiro – e único até hoje – brasileiro bicampeão mundial na modalidade. Em termos coletivos, a ocasião também ficou marcada como a melhor participação do país no evento, com ouros também de Thiago Camilo e Luciano Correa, além de um bronze de João Gabriel Schlitter.

Fonte: Sportv